Em homenagem à cultura pantaneira, fizemos uma lista com 5 autores brasileiros que exploram o modo de vida caipira em suas obras O sucesso da novela Pantanal, da Rede Globo, despertou o interesse do Brasil pela cultura caipira. Afinal, não faltam na trama os principais elementos que caracterizam a vida no interior do Brasil: natureza exuberante, comitivas de peões, folclore, modas de viola e os sentimentos guardados no peito que uma hora explodem e mudam toda a história. Inspirados pela novela, fomos pesquisar escritores brasileiros que narram o jeito de viver e a cultura do caipira brasileiro. Ficou curioso? Então embarca com o Sebo Capricho nesta viagem em companhia de grandes escritores caipiras do Brasil. É claro que vamos começar nossa jornada com Monteiro Lobato, que no livro de contos Urupês apresenta um dos mais icônicos caipiras brasileiros, Jeca Tatu. Muito embora essa personagem seja controversa por reforçar o estereótipo do caipira como “desleixado e preguiçoso”, Urupês traz também uma crítica ao descaso do governo em relação ao Brasil rural da época. Outro ponto a destacar é a linguagem dos contos, que reproduzem a riqueza da fala das comunidades rurais de forma coloquial, o que foi uma grande inovação na época. Já em Cidades Mortas, Monteiro Lobato narra situações cômicas vividas por típicos caipiras brasileiros, sempre com a intenção de criticar sutilmente os valores da sociedade e o comportamento das pessoas. Não podia faltar na nossa lista o maravilhoso Manoel de Barros, um dos principais poetas brasileiros contemporâneos, que inclusive aparece na novela Pantanal em um livro que Jove leva de presente para Juma. Muito embora tenha nascido em Cuiabá (MT), passou a infância na fazenda de sua família no Pantanal, uma grande inspiração para sua obra. Seus poemas oníricos expressam a realidade ao seu redor por meio de linguagem simples e coloquial, com presença constante da natureza. Esse contista e romancista goiano retratou a vida rural do interior dos cerrados, onde viveu, por meio da linguagem regional. Sua obra mais conhecida, "O Tronco", foi publicada em 1956 e narra a violenta disputa pelo poder no início do século 20 entre grandes fazendeiros do sul de Goiás que comandam o governo e coronéis do norte do Estado. O livro, inclusive, foi adaptado para o cinema em 1999 pelo diretor João Batista de Andrade. Este escritor mineiro dedicou muitos anos de sua vida profissional ao magistério e foi o fundador da Faculdade de Direito e da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Seus principais livros são “Chapadão do bugre” e “Vila dos Confins”, que retratam a vida dos moradores do interior de Minas Gerais. Mário Palmério foi eleito para a Academia Brasileira de Letras , onde ocupou a cadeira número 2, pertencente a Guimarães Rosa. O autor de “Sagarana” e “Grande Sertão: Veredas”, entre outros clássicos, retratou como ninguém a vida do sertanejo brasileiro. Sua obra acontece em longínquas regiões rurais, permeadas pela pobreza e pela vida à margem da sociedade moderna. Não faltam elementos inspirados na natureza, na religiosidade, no mito e na providência divina, em um universo de personagens envoltas por pensamentos mágicos. 5 autores que narram a cultura caipira
Monteiro Lobato
Manoel de Barros
Bernardo Élis
Mário Palmério
Guimarães Rosa